sábado, 27 de dezembro de 2008

Upa!




Eu tenho um sonho.
De ver-me melhor. Sentir, respirar, inspirar alegrias tantas. Mas tantas que me façam engasgar. Me transbordar em sorrisos e satisfações.
Ter aquela sensação de que estou fervente de emoções e energias quentes.
E acreditar que esta sensação não é utópica, que não é pretensiosa, petulante, mas merecida. Que fiz por merecer.
Por isso o meu desejo grita: quero um novo ano de solo fértil para semear meu bom futuro, que eu desejo e que virá.

E aproveito esse momento-agora para agradecer (e engrandecer) o ano que está no finzinho.

Muito obrigada, dois mil e oito.

Pelo aprendizado, pelos amigos importantes que conheci e por aqueles que cultivei, pelos encantos e desencantos, pelo frio e pelo calor, pelos vôos e pelos tombos. Agradeço pelos reencontros e pela saudade, pelos sorrisos, olhares, sorvetes, lasanhas, abraços, paixões, aplausos, lágrimas, família, cafés, cigarros, chuvas, casa, coquetéis, música, vento, inspiração e tudo aquilo que não me vem à cabeça agora...

Espero ter-te apreendido com delicadeza. E recorrer-te a cada tanto. Para esclarecer-me e alertar-me, pois fostes muito intenso. Por isso importante. Por isso complexo. Por isso, repito, estou grata.

Pra ti meu reconhecimento. Minha atenção. Meus cinco sentidos. Minhas mãos abertas, palma a palma. Meu grito: Bravo!

Aplausos. Peito aberto. Te guardo em mim. A benção, 2008!
E que nossa vontade de arriscar te ilumine, 2009! Bóra viver!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Não!

Lido Loschi (GRUPO PONTO DE PARTIDA) em Beco, a Ópera do Lixo

Por favor, não apague nunca da minha memória esse brilho nos olhos.
Não me deixe esquecer da entrega fundamental de um ator em cena. E da entrega necessária para se chegar a ela.
Não me faça desistir de perseguir meus ideais.
Não afogue minhas crenças.
Eu quero acreditar no possível e no impossível. Principalmente no que parecer mais impossível. No que exige esforços e sacrifícios. Todos feitos por amor.
Porque o resultado, tenho certeza, é o mais digno e gratificante.
E completo. E me completa. E eu ainda acredito.
Mas é preciso não perceber-se sozinha. É preciso confiar. Respeitar. Crer.


domingo, 21 de dezembro de 2008

Transbordando...

Eu penso no que me move, no que me faz respirar.
No que eu aprendi como sendo o certo a se fazer.
Me julgo. Sempre. Sou muito crítica.
Erro pra caramba, eu sei. Comigo e principalmente com os outros.
Mas eu tento aprender com os erros. Os que eu percebo e os que me apontam.
Não naqueles que envolvem essa coisa burra e irracional chamada coração. Não, deixa ele. Ele tá isento dessas obrigações, vai aprender no tapa mesmo ou então vai me fazer sofrer pra sempre, ok.
Ou sim?
Sim. Talvez ele também aprenda e me represente, contraditória e apaixonada.
Por que não isentá-lo?
Porque ele está presente no meu ofício também. E é aí que meu calo dói hoje.
É nessa confusão que me encontro, inconstante e temerosa.
Percebo-me desconfiada e aflita.
Antenas ligadas.
Cansada de certas atitudes. Sedenta de poder viver minha arte como ela merece ser vivida. Com entrega e tesão. E principalmente com confiança.
Cansada de peneirar o que pode e o que não pode ser dito.
Cansada de arrogâncias, prepotências e egocentrismos.
Tô pelas tampas...
Muita gente precisava ouvir verdades. Mas não só isso. Precisava saber ouvi-las.
As pessoas se acham donas das verdades. Não tem humildade. Não admitem voltar atrás. Se iludem com elogios e dão demasiada importância ao que os outros falam.
Mas também adoram criticar. Por tabela, sempre por tabela, nunca na cara um do outro.
E então as bolas de neve se formam, os boatos inventam novas verdades e sentimentos verdadeiros se envenenam de invejas, ciúmes e mágoas.
E sonhos vão desmoronando. Moinhos de Vento tornam-se monstros.
E nem sempre se tem forças para ser eternos Don's Quixote's.
Uma pena.
Estou de saco cheio disto. Procuro respostas. Ou pelo menos sinais de para onde seguir.
Ou de como viver minha arte. Com gozo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ser gente grande...

É fazer projetos e vê-los acontecendo.
E lutar para que eles permaneçam.
É lutar pelo que se acredita e conseguir vencer.
Sentir-se gente grande é acreditar sempre em seus sonhos, mas como se fossemos crianças ainda, com o mesmo brilho nos olhos e a energia da brincadeira sempre no ar.
Sentir-se criança é olhar amigos concretizando seus projetos, divulgando suas conquistas e regando seus jardins, espalhando aos quatro ventos seus feitos. Como me acontece agora.
Ser guerreiro é fazer arte e sobreviver com ela e por ela.
Não, não estou me rasgando nem puxando o saco de ninguém só pra parecer bonito. Só estou aplaudindo, incentivando e divulgando mais este projeto digno de muitos "bravo's" do Grupo Ponto de Partida. É a Bituca - Universidade de Música Popular, um espaço surgido de muito trabalho sério e dedicado, deste GRUPO DE TEATRO que é pra mim dos mais atuantes e comprometidos com o verdadeiro sentido da arte. Um GRUPO com letra maiúscula e propósitos maiúsculos também. Gente GRANDE, com todos os significados que isso possa ter. Digo porque os conheci bem de perto. Ainda não conheço a Bituca, mas tenho certeza pela empenho e seriedade deles que é um projeto louvável.
E sim! Muitos ali são meus amigos! Amo-los! Isto é demérito? É não! Quem me conhece sabe o quanto esta loira é "cri-cri"... Eu não apoiaria se não acreditasse mesmo.
Mas... se a minha palavra não basta... vão lá e confiram. E divulguem!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Tem gente que é pra vida toda...


Nem tenho muito o que falar sem chover no molhado, ainda mais com a chuva que cai na cidade.
Nem são palavras mega bonitas, ou rebuscadas...
Só queria dizer que tem amigos que agradeço para a vida toda por simplesmente existirem.
E é isso por agora, em outro momento falo mais a respeito.
Neste momento agora queria dizer, Roger, que tu é pra vida toda. E nem adianta vir com piadinha pessimista. Amo tu amigo!

Beijo!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Nesse momento...


Eu não posso me esquecer de nada do que está acontecendo agora.
Neste momento, nesta cidade, neste estado, neste país, neste planeta.
Do que estamos fazendo e o que estamos fazendo para a narrativa da história.
Eu quero ver se consigo trazer isso tudo sempre acordado dentro de mim.
Este êxtase, esta fotografia, esta música, este cinema, este agora recém-parido.
Por que é saber isso tudo agora e será saber isso tudo em um outro agora, a minha única e verdadeira arma.
E isto me excita.

(de Nelson Coelho de Castro, em um lendário vinil da década de oitenta. Este texto "infiltrava-se" em uma das músicas, que no momento não pude pesquisar. Mas achei importante o resgate. Importante não. Fundamental.)


sábado, 15 de novembro de 2008

Te mete!


Pronto pronto minha gente!
Quem riu, riu. Quem tirou um sarro, aproveitou. Quem perdeu a oportunidade... só lamento!
A loira que vos fala "se superou-se a si mesma" enquanto ser humano, indivíduo, pessoa e criatura e... tchanãmmmmm!
Eis que a imagem no meu novo monitor tornou-se algo "normal" e de ontem prá cá perdi uns quilinhos, hahaha... Éééé simmmm! Afinei, criatura!
Widescreen agora só para ver filminhos (certo, Giba?).

Rsss...


Amanhã último dia da temporada de Saltimbancos. Apareçam. Não sei quando e se volta. E se voltar, provavelmente o elenco mude.


Delícia de fim de tarde hoje. Sem esperar nem suspeitar de longe, encontro inusitado no café do DC com minha maninha Nêssa. Ah, coisa bem boaaaaa... Linda, linda. Necessária de emocionar. Amo. "Es tan linda tu canción, es tan linda...". Aiai...


Que mais? Ah! Barzinhos em Porto Alegre. Não entendo qual a dificuldade de sermos bem atendidos. Terceira ou quarta vez que - como diz o Marquito - eu "insisto" em ir num lugar novo que abriu na República. Ponto ótimo, mesinhas na rua, lá dentro agradabilíssimo, mas... My god! Custa muito trazer o pedido certo sem muito atraso? Parece que custa. Fico pasma. Tanto investimento pra acabar afastando os fregueses... E olha que eu sou cabeça dura hein? Putz, me dá um ponto daquele pra administrar! Eu que nem sou tão boa em gestão de negócios, garanto que arrasaria (no bom sentido).


Bueno, vamos ter que buscar outras opções ao que parece. Ou os caras se atinam.


Fico hoje por aqui, vendo a imagem finalmente quadradinha e me sentindo a loira mais esperta do pedaço, hahaha... Ah, me deixa vai? De vez em quando eu posso!


A Rainha da informática! Besos a todos e todas!

PS: Sim, a ilustração está mais para ruiva do que para loira, mas eu amei, abstraiam a coloração, rsss...




sexta-feira, 14 de novembro de 2008

widescreen... ice cream... oh, shit!

Pausa breve para algumas linhas em meio à correria.

Copiando o blog do Giba, a notícia de que meu monitor também pifou. Já vinha mal o coitado, quem esteve aqui em casa pode perceber a situação Mc Gyver em que ele se encontrava. Grande e velho amigo (não tão velho assim, paro para refletir) fez jus ao que a sedenta indústria tecnológica espera dos seus produtos: uma curta existência. Foi apresentando sinais de fraqueza, delírios tremlins (é assim que se escreve???) e depois de muita reza e muletas inusitadas (gargalhada interna), finalmente hoje falecimento multiplo. Tá loira, não reclama, ele escolheu o dia certo pra "vir a óbito"...

MEU ÚNICO DIA DE FOLGAAAA!

Mas ok, ok... Um bom motivo pra eu, Lucas e Daia passearmos num Hipermercado (ai que divertido... valeu amigos!). E cá estou eu de monitor novo. Primeiro loiro-pensamento? "Ah, vamos acompanhar a evolução da tecnologia... Vou comprar um monitor LCD". Ainda no almoço, o Giba me avisou: "se tu não assiste fiilmes no computador, não compra com widescreen por que não vale a pena, pra Word fica tudo muito estranho, espichado". Tá bom Giba, vou lembrar disso! E lembrei, e o Lucas e a Daia também. Massssssss...... O que pode a razão frente ao monitor mais bonito que o outro quadradinho??? Ãhn??? E caaaaaraaaa! Eram só 50 pilas a mais e mais 2 polegadas! Manda esse ae mesmo! Olha o design! E ah... capaz! Deve ter um jeito de deixar as laterais com tarjas pretas pra não ficar tudo espichado, olha aqui a imagem (no monitor do dito hipermercado)!

Ãrrã... Sei...

Toma loira... Lindo o monitor tal e coisa, quem sou eu pra cuspir no prato que comi mas nossa... não precisava né? Tudo achatado e pior: me engorda! Fiasco! Tá, mas fazer o que né? Vou me acostumar e quem sabe não sirva de incentivo pra me puxar mais nas dietas.

Pausa loira... hmmm...será que na verdade eu não estou gorda e o problema é no widescreeen de quem me vê? Olha... é um bom ponto de vista... Quase tão bom quanto aquela minha teoria de que eu não estou gorda, estou muito baixa, pois com o mesmo peso e mais uns 20 cm eu estaria magérrima!

E por falar nas dietas... Ontem tive apresentação da Rainha do Lar em Três Coroas... Na saída, jantar na panquecaria estilosa da cidade. Petit foi operar a luz pra nós. As duas loucas resolveram pedir uma panqueca salgada e uma doce para cada uma... benza deus... Não precisava tanto né? Mas olha a pedida: chocolate com morangos e sorvete! afff...

Comemos por orgulho porque deusulivre assumir que não cabia mais nada depois da tal salgada que era um sonho e bastava pra aplacar a fome... mas vai dizer isso pra duas mulheres olhudas... criatura... sabe como é né? comemos pra não dar o braço a torcer... mas prestenção... a coisa era mais ou menos assim...
Dá pra resistir? Num dá não...

Eu volto. Beijos e gudinaiti.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Curtinha...


Alguém me explica por que motivo as novelas de hoje em dia (salvo exceções, claro) só apresentam na abertura músicas "antigas" em novos arranjos?


Assistindo hoje a um trecho da novela das 7, eu acho, me deparei com a música "Meu Erro". Parei. Lembrei da recente Beleza Pura, numa versão do Skank. Eu que conheci cantada por Caetano e A Cor do Som.


A loira reflete... hmmmm... estarão em falta melhores opções na atualidade? Então não é só implicância ou relutância minha em aceitar como "agradável" ao menos a maior parte dos lançamentos musicais de uns tempos pra cá?


Hm? Alguém se anima a explicar?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Música em mim_1


Tantas músicas cabem em mim quase como uma luva...

"Entro em transe se canto,
desgraça vira encanto
Meu coração bate tanto,
sinto tremores no corpo
Direto e reto, suando, gemendo, resfolegando
Eu me transformo em outras,
determinados momentos
Cubro com as mãos meu rosto,
sozinha no apartamento

Às vezes eu choro tanto,
já logo quando levanto
Tem dias fico com medo,
invoco tudo que é santo
E clamo em italiano "ó dio come ti amo"
Eu me transmuto em outras,
determinados momentos
Cubro com as mão meu rosto,
sozinha no apartamento

Vivo voando, voando,
não passo de louca mansa
Cheia de tesão por dentro,
se rola na face o pranto
Deixo que role e pronto,
meus males eu mesma espanto
Eu me transbordo em outras,
determinados momentos
Cubro com as mãos meu rosto,
sozinha no apartamento

É pelos palcos que vivo,
seguindo o meu destino
É tudo desde menina,
é muito mais do que isso
É bem maior que aquilo,
sereia eis minha sina
Eu me descubro em outras,
determinados momentos
Cubro com as mãos meu rosto,
sozinha no apartamento"

(Quem canta seus males espanta, de Itamar Assumpção. By Zélia Duncan, of course...)

domingo, 2 de novembro de 2008

Na estrada...



Semana corrida, mais um ano de vida, passagem relâmpago por 5 cidades e hotéis diferentes, afff...
Na volta, o primeiro pensamento: acabou?
Ainda não!
Mais estrada pela frente, malas, palcos, espetáculos diferentes para apresentar.
Na cabeça mil pensamentos... viagens tem essa característica: olhar pela janela e ver a paisagem que muda sem mudar nos remete a outra atmosfera... Sei lá como explicar.
Por um lado é bom. Até a página dois, pois depende do momento que a gente tá passando.
Dentro desse pequeno caos procuro não me atraplhar com a logística de lava-seca figurinos, será que vai chover, será que vão secar, qual a maquiagem que devo levar amanhã, e depois de amanhã?
Hehehe... quero só ver, qualquer hora entro em cena com a maquiagem e figurinos trocados. Ao menos divertido será.
Cabeça focada em trabalho. É bom. Ergo as mãos para o céu e agradeço.
Saudades dos amigos.
Muitas. Necessidade de sair e arejar as tranças (hahaha, me imaginei de rasta fari, hahaha).
Lembro que postei um dia sobre os boicotes. Eles tentam me alcançar. Mas me concentro. Firme. Nem sempre forte. Mas pra frente, adelante!
Bem, por hora era isso... Tenho que organizar mais malas...
Voltarei mais inspirada. Hoje as palavras ficam assim meio soltas...
Té mais.
Ah! Lembrei de comentar que me apresentei num local que mais se aproxima com o que eu imaginava ser um "Teatro de Bolso". Em SAnta Maria, hehehe... o cenário da peça ficou parecendo casinha de bonecas... Abaixo um registro para a visualização, rsss.. Muito meigo, hahaha... bye!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Abençoada voz, Maninha...


Não consigo falar de mais nada hoje...
Quem foi foi, quem não foi não vai entender mesmo...
Show de lançamento do cd "A Mulher de Oslo" de Vanessa Longoni.
Diga-se de passagem cd que não parou de tocar ainda desde que cheguei em casa.
Comprem, ouçam, deliciem-se. E não deixem de ir ao próximo show. Pois em cd já é ótimo, mas ela ao vivo é tudo de bom.

Sucesso minha amiga!

Fico eu aqui toda boba, lendo a dedicatória no MEU cd, emocionada pelo agradecimento impresso e torcendo por ti sempre. Amooooo!
Arrasou de uma maneiraaaaaaaaa!

aiai... Gracias!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Não percam!


Uma dica que vale MUITO a pena!
Show de lançamento do cd desta cantora que eu amo!
Sim, ela é minha amiga, mas quem me conhece sabe que não passo a mão na cabeça de graça.
É ótimo o trabalho mesmo. Maior orgulho desta amizade.
Já estou com o ingresso na mão e quem for não irá se arrepender!

Se quiserem conferir uma palhinha antes de ir até lá, fiquem à vontade, o myspace da Vanessa é www.myspace.com/vanessalongoni

besos e até lá!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Novos olhares...


E eu começo a pensar que realmente a vida pode ser diferente.
Que eu posso me repensar.
Comprovo na carne possibilidades de respiro verdadeiro. Pros teatreiros, que me entenderão melhor na expressão, diria que percebo indícios de "fé cênica" em mim. Indícios. Já é um começo.
Dio, como às vezes a evolução vem em passos lentos...
Serei uma loira com síndrome de lesma? aff... menos piadas, loira, menos...
Percebo-me transpondo barreiras aos poucos... até certas músicas já são passíveis de serem escutadas sem uma relação direta com isto ou aquilo ou até mesmo passam a ter outros significados, além daqueles que eu sempre insistia em buscar...
Como isso, esse, ai enfim, "issos"...

Prenda minha
tu me faz bem
Muito aquém
do que mereço
Mais eu desejo
Que esse bem assim
feito água em pote
Faça umedecer
um coração que sofre
Faça umedecer
Um coração que sofre

"Prenda Minha": a música é interpretada por Ceumar, a composição é de Gero Camilo. aiai...




de brinde, a divertida "Rãzinha Blues".
Entende?

A vida pode ser diferente. Eu quero.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Soltar-se... Eu insisto.


Frente ao PC, olho o teclado, reflito...
Montanhas , turbilhões, avalanches de pensamentos me invadem e tão pouca coisa consigo colocar pra fora.
Compreender-se ou pelo menos procurar fazê-lo é assim mesmo. Observar, decifrar e estabelecer paralelos.
O resultado é muitas vezes confuso como este “isto” que começo a escrever.
Percebo-me.
O que anda acontecendo?
Tento diagnosticar se as coisas tem ido para frente ou para trás.
Pausa. Cara franzida de quem tenta entender, seguida de um “hmmm” interno.
As coisas? Que coisas? As minhas coisas meu bem.
Porque é importante eu me lembrar sempre que no meio de todas as coisas estão as minhas coisas. Bem no meio. O que me rodeia só me rodeia porque eu semeei algo.
Assim como te semeio, te cuido e te acompanho. Ou as coisas não são assim? E não serão?
Pausa. Necessária.

De volta. Avalanches.

Reconstruir-se implica em soltar as amarras para reorganiza-las para o teu bem.
Me reciclo. Me desgoverno. Me transmuto em pensamentos, sensações sentimentos.
A vida é sonho. Ou deveria ser para que melhor fosse digerida.
Inundada de confusas ilusões e resoluções mirabolantes ou fantasiosos desenlaces, nossos enredos talvez tivessem mais poesia.
Ou talvez seja esse apenas um pensamento covarde de quem não tem coragem de enfrentar realidades por outro prisma senão o do lamento de não serem da maneira sonhada. Talvez.

Difícil mas prazerosa esta tarefa de ser o analista e o analisado. Doem certas deduções, porém novas descobertas me enchem de esperanças. Perceber a transposição de barreiras, desbravar novos caminhos. Amedronta e ao mesmo tempo encoraja.

Tenho vivido momentos de suprema poesia, de encantamento num embriagar de sonhos. Idéias e ideais se formando e se alimentando de esperanças. Sonhar é preciso. Lutar também. Aprender com as outras vidas que vale a pena arriscar pelos efêmeros.

Aprender. Apreender. Aprender-te.

(Suspiro) aiai... (sorriso).

domingo, 12 de outubro de 2008

Lindo...



O entardecer em Porto Alegre é algo...

Sem palavras... aiai...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Entregas...


Li há pouco no blog de uma amiga que gostar de alguém é correr o risco de se decepcionar.
Concordo, mas vou um pouco além neste pensamento. Entregar-se com paixão a algo é correr este risco.
Seja este algo uma pessoa, uma viagem, um projeto, um ideal, qualquer coisa.
Não gosto de estar pela metade em nada. Consigo até discernir o tipo de entrega que certas situações me exigem. E me disponho a elas de acordo com a necessidade que meu momento de vida impõe. Estabeleço minhas prioridades e tento me concentrar nelas. O tempo (sim Petit, o raio do tempo...) me ajudou a - na maior parte das vezes - manter uma certa calma em épocas de turbulência.
Então calma loira, calma...
Acredita. Tudo vai se encaminhar.
Vai sim.

Por hora, fui.


Chocada...

Estaria mentindo se dissesse que esta foi a notícia que mais me chocou na vida, mas com toda a certeza estará no hall das principais pela quantidade de probabilidades de ter acontecido com algum dos meus entes queridos.
Seguem trechos da notícia em questão:
"A família de um paciente afirma que ele teve a perna errada amputada por um médico durante uma operação no hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul."... "De acordo com o jornal Zero Hora, a família registrou queixa na Polícia Civil contra o médico que operou o homem de 74 anos na semana passada. O hospital diz que o médico alegou que a conduta tomada foi a mais adequada. Ele foi orientado a não falar sobre o caso."..."o idoso foi hospitalizado no dia 30 para amputar a perna direita devido a complicações decorrentes de diabetes. Na madrugada de sexta-feira, os familiares teriam notado, ao visitar o paciente, que havia sido amputada a outra perna.". (fonte: site do Terra)
Como se não bastasse o choque normal que sente-se ao ler tal notícia, soma-se o fato de meu pai, de 78 anos ser diabético, de haver caso de amputação na minha família, de eu ter nascido no Ernesto Dornelles, e... principalmente: não entra na minha cabeça loira nenhuma linha de raciocínio plausível para entender este acontecimento.
Pasma.
Que medo, meu deus... Lógico que não vou colocar toda a classe médica no mesmo caldeirão, como acreditarei sempre em não julgar todos os profissionais pela má conduta de alguns, mas... Alguém me explica QUAIS as referências que precisamos ter de um médico ´quando precisarmos deles? Eu já não sei mais...

A tempo...


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Pra eu me lembrar

Não me pergunte nada. Este post é pra mim e pra mim diz tudo. Agora. Já.
Sem nada negativo.
Com tudo de positivo que se possa tirar dessa música.
E tem.
Eu te respeito, loira.
Bóra se respeitá?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Tarde iluminada!

Três dias em casa, principalmente pra mandar embora a gripe que insiste em se apegar à minha cativante pessoa...
Voilá, resolvi me ocupar...
Estes dias a Petit quis copiar umas músicas do meu PC para o celular dela e nossa... tava realmente uma bagunça... não encontrávamos nada...
Daia com seu sorrisinho cor-de-rosa proferiu a sentença: loira... tu tem muita música no teu PC!
Buenas, vivendo o meu inferno astral sedento de mudanças, resolvi: vamos organizar esta baderna!
Providência número um (lógica para outros mas não para neurônios loiros), colocar tudo na mesma pasta. Uauuuu, como eu sou esperta! Resultado um: trocentos arquivos repetidos...
Lá se foram vários Mega bytes...
Pausa para uma explicação: "Muita música" não é sinônimo de três dígitos e sim de quatro! Sim, mais de mil, em menos de um ano de hábito de baixar músicas.
Well... fui pra parte chata. Renomear um por um... Volta e meia me deparava com perguntas do tipo "quem é essa pessoa?", "que raio de música é essa?" e principalmente "O que é isso? e porque eu baixei isso meu deus???"...
Foi no meio desta loucurinha (que está quase no final) que me deparei com esta surpresa.
Um arquivo que quase deletei, pois ó título da música era igual a uma que já tinha salvado, que baixei para compor a trilha de espera da minha peça adulta. Mas como o nome da cantora era estranhíssimo e até amanhã tempo é o que não me falta, resolvi escutar.
Escutei. Fui ao youtube ver que cara tinha essa voz. E agradeci a minha mania de baixar várias versões da mesma música (no caso não era a mesma música, só o titulo era o mesmo). Encontrei a voz em questão e pra completar numa outra música muito especial na minha jornada.
Decidi. Quando eu for gente grande, vou cantar assim, tocar assim, e ter essa alegria vivendo a minha arte.
E não vou perder meu hábito depois dessa sorte que eu tive.
Não sei se só eu sou burra e desinformada. Mas hoje o dia ficou marcado. Meu primeiro contato com essa cantora-compositora-artista-musicista-sei-lá-o-que-mais-essa-louca-faz-e-faz-bem:
Badi Assad.
Compartilho com vocês esta pérola...

http://www.youtube.com/watch?v=CBMe9foIuR0
beijos... sigo eu aqui sorrindo...

domingo, 21 de setembro de 2008

À flor da pele...


Me entenda?
Não posso me expressar muito bem agora... estou em outra realidade no momento...
Em suspensão, naquela micropausa entre um respirar e o outro.
Na re-flexão de uma avalanche de pensamentos. Um mundo paralelo...
O olhar, a cada pausa e mudança de foco, revê-relembra-revive um amontoado de imagens.
Agradeço.
Aplaudo e agradeço (e lembro de cada um aplaudindo e repetindo seu "mantra").
Ah meu deus (seja lá que deus seja o meu), obrigado por este momento...

(pausa)

Ainda me incomoda muito perceber leituras rasas nas platéias deste festival. Será o efeito de ver muitas peças em pouco tempo? Será que com o cansaço opta-se por uma leitura dinâmica? Se ao menos fosse mesmo uma reação catártica que inocentemente cogitamos, mas infelizmente, não acredito nisso...

(outra pausa)

Encerrei o festival com chave de ouro. Tocada, como imagino que deva sair de um teatro. Certa da profissão que escolhi, com orgulho. Com algumas idéias acerca do teatro que quero fazer, mas cheia de questionamentos, graças a Dionisos! E com muitas certezas sobre o que não quero fazer. Graças!

E ecoam em mim palavras da última peça assistida: "Por Elise", do Grupo Espanca de - é claro - Minas Gerais... Os mineiros, sempre os mineiros marcando minha arte...

cuidado.
cuidado com o que toca.
com o que planta no mundo.
com a capacidade que gente tem de se envolver com as coisas.
com o amor,que espanca doce.
cuidado.
não adianta fingir que não sente.
gente sente tudo.
se envolve com tudo.


(por Grace Passo, em Por Elise)




quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Com licença, eu vou à luta...

Das coisas que eu tenho ouvido, percebido e procurado aproveitar como um aprendizado pessoal, é cada vez maior a certeza de dizer que tudo isto é INTRANSFERIVEL. Não nos invade por osmose (né Ari?), nem pelo Bluetooth dos acelerados tempos tecnológicos.
Caminhos e situações que vivemos, tem , é claro, uma mão do destino, do acaso ou seja lá o que formos definir como o ambiente, a atmosfera, o cenário em que nos encontramos.
Mas – disto estou muito certa - a escolha é nossa.
Confesso, já fiz terapia e na época me fez um bem danado. Mas me abusei, me enjoei, me dei alta e me fui. Desde então acredito que por diversas vezes uma ajuda profissional facilitaria e apressaria muitas decisões na minha vida, mas – não sei se certa ou errada - optei por não fazê-las... Por passar a via toda indo a médicos, peguei um certo fartão de ter que contar minha vida para quem eu não conheço e que na verdade (muitas vezes pensava assim) não estava tão preocupado com aqueles detalhes que eu achava fundamentais da minha existência.
Deus me livre dizer que hoje em dia eu sei me tratar tanto quanto um psicólogo ou psiquiatra o faria, pois para mim soa como dizer que qualquer pessoa sabe atuar tanto quanto um ator que estuda, se aprimora, se dedica a este aprendizado. Mas cá pra nós que existe uma certa similaridade entre estas profissões. Não da psiquiatria que envolve toda uma questão clínica (e química por tabela) que eu não faço a mais mínima idéia (além do meu fascínio não tãããõ doentio por comprimidinhos coloridos)... Mas estou falando que, de alguma forma, são profissões que envolvem uma percepção aguçada dos conflitos e mecanismos da mente humana. Uma de uma forma mais analítica, a outra implicando em introjeção, aceitação. Não me importa o que eu acho de tal personagem, da postura dele frente à vida, da forma como ele age e interage com o mundo. O que deveria ser fundamental para um ator é perceber, entender, e colocar-se na situação de outro mundo, lógica, ordem pessoal. Agir como tal. Enfim.
Porque falar disto tudo agora?
Onde está a ligação com o meu momento-agora?
Está no olhar de fora da minha vida.
No perceber que – ontem me caiu a ficha – as escolhas são minhas.
Dããã... que óbvio loira.
Não. Não é. Não é porque dizer é fácil. Sentir é que são elas. Ontem me percebi na beira do abismo. Colocando o pezinho pra pular e passar mal e depois ficar sei lá eu, meses me debatendo por causa de algo inevitável e incompreensível pra mim, mas real, sem maldade, sem premeditação.
Por simples e pura incapacidade minha de me colocar no lugar dos outros, lá estava eu prestes a escolher me debater de novo. Prestes a não aceitar um outro prisma. Eu sou assim. Por que quero ser. Mas você não é obrigado a ser também. E eu não sou obrigada a aceitar o meu jeito como cristalizado e responsável por todos os sofrimentos que ainda vou passar. Não sou. E não vou aceitar.
Porque posso mudar meu jeito. Posso insistir e me bater na parede até acertar , até perceber que a mudança uma hora surte efeito.
Sou lenta... demoro a digerir mas hoje especialmente quero agradecer de coração à Daia, Marco e Petit... por cada um, de sua maneira ter me feito repensar a vida e meu jeito me relacionar com o mundo. E não estou falando de nada que foi dito ontem, hoje ou há algumas horas...estou falando da soma de tudo, que filtrado e digerido e organizado neste meu caótico e loiro disquete pessoal, resultou neste momento à flor da pele de sangria e necessidade de me refazer. De me limpar. De pôr pra fora tudo da minha casinha, passar um pano, um aromatizador 7 ervas e devolver pra dentro de mim só aquilo que faz sentido e principalmente o que não faz, porque a contradição humana é necessária. Mas principalmente deixar do lado de fora aquilo que nunca me agradou e que me destrói e me boicota.
E não posso esquecer de colocar pra dentro um tantão de paciência... porque não vai ser fácil... volta e meia os boicotes vão bater à minha porta, vez que outra tenho quase certeza que vão pular a janela... mas daí é que está a diferença. Desde ontem percebi que a opção é minha. E acima de tudo: percebi que não vai ser fácil e que vai doer. Mas tá mais do que na hora de olhar a vida por outro prisma. E arriscar. Feridas curam.
Sei lá, acho que tinha muito mais para dizer mas... como sempre acontece, hoje eu não teria nem tempo de escrever três linhas, e olha só a arte que eu já fiz... Mas era imprescindível... Os pensamentos exigiam que eu desse alguma forma a eles... urgente, pra eu mesma me enxergar...
Aff... tomara que isto tudo signifique que eu finalmente comece a desatar os meus nós...
Fico por aqui, com uma imagem, que a meu ver... diz tudo.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

sábado, 13 de setembro de 2008

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O silêncio...

Pois bem, ele contagia. Ou deveria contagiar...
Aprendo.
Muitos dias de silêncio aqui no blog.
Motivos para falar? Para argumentar? Muitos.
Nenhuma palavra? Nem ao menos uma.
Reflito. Tenho visto e ouvido muita coisa ser dita e escrita. Muita coisa mesmo. Emito opiniões? Sim. Mas acima de tudo, observo.
Meu amigo aniversariante ainda ontem reclamou dos "nóses", do blog desatualizado. Daia também exigiu novas linhas. Ela bem sabe do meu aprendizado. Do que quase foi escrito. Eu agradeço o apelo por reflexão. Aprendo que nem tudo pode ser dito. Aprendo também que nem tudo que é dito reflete transparência. Aprendo que um filtro pode ser importante.
Mas entro em contradição com as minhas maiores bandeiras: Verdade, sinceridade, transparência.
Se não posso dizer o que penso, vou dizer o que?
Mas aí entra a bandeira mór: Respeito. Tenho. E gostaria de me sentir respeitada também.
Não quero escrever só porque algumas pessoas dizem que escrevo bem. Até porque minha auto-critica questiona isto muitas vezes. Quero escrever para mim, para me expressar, para me entender, e entender-te.
Voilá...
Neste hiato silencioso encontrei uma personagem que muito povoou minha vida. E em suas tiras, charges, etc, encontro resumos do que se passa por estes loiros neurônios...
Deixo-os com ela, a irreverente Mafalda de Quino e seus questionamentos arrebatadores... em conta-gotas. Questionamentos inocentes que tem me feito pensar além...
E sem deixar em brancas nuvens, neste post "silencioso", uma grande salva de palmas ao aniversariante do dia: Parabéns Marquito! Boas músicas, boas aulas, boas Artes pra ti sempre! Clap, clap, clap's mil's!


see you...

sábado, 23 de agosto de 2008

Os "nóses"...


O plural de nó? É nós... mas deveria ser nóses, segundo o dicionário pessoal desta loira. Principalmente quando são muuuitos nós.

Estou falando de desatar os nós. Os nóses. Hm, minha parte insana (ou seja quase meus cem por cento) repete a palavra para entender sua sonoridade e traça uma relação sonora com osmose... Faz algum sentido na minha desvairada lógica.

Pois bem... Meu momento agora tem sido de uma necessidade absurda (absurda???) de desatar os nós.

Todos eles. Em outras palavras, simplificar o que insiste em querer complicar-se. Incrivelmente, em meio ao caos, tenho absorvido lições para um equilíbrio desejado.

Percebo que na real eu sempre fui um pouco assim, me equilibro muito no meio das tempestades. É claro, tudo tem suas exceções... mas não é o caso agora. Neste "momento-já", como diria Clarice Lispector, "sou-me".

E procuro-me e tenho a certeza que estou num caminho certo. De descobertas e percepções. De buscas de harmonia e de abrir as portas para as loucuras necessárias para uma realidade criativa e prazerosa. Pessoas são um rosário riquíssimo de cores diversas. E quero rezá-las todas.

Papo de louco? Disse tudo mas não disse nada?

Talvez seja um ataque de loba atrasado, vai saber, rsss. Ou talvez seja apenas mais um resultado da estranheza insólita de transformar cruamente os pensamentos em palavras.

Para mim faz sentido.

E pra você?

Bom dia ensolarado a todos!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Já diria Heiner Müller...


... o pensamento que não se transforma em ação, envenena a alma...


ãããrrãm!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Lavando a alma!


Sim, sim, siiiimmmmmm!
Não é muito emocionante sair pra trabalhar com chuva, sair da cama com chuva, atravessar a rua com chuva...
Mas ai... eu tava precisando!
Me molhar, me encharcar, me centrifugar!
Pular as poças e ser criança.
Abdicar do guarda-chuvas.
Não quero me molhar pela metade.
Hoje não.
Vou lavar minha alma inteira!
E caminhar fazendo pléch pléch dando risada!
Só porque eu posso. Porque é minha a escolha.
Ou eu fico puta ou eu relaxo.
E relaxar é bom demais e eu escolho celebrar a fertilidade.
E me divirto!
Chuááááá...

Boas chuvas a todos!

PS: Muitas chuvas de vida, Nana!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

É, tem jeito não...


Sabe por quê eu faço teatro?

Porque não consigo viver sem isso.

Porque não tem nada igual a pisar no palco com orgulho e dignidade, se entregar aos outros durante o espetáculo e saber que isso fará a diferença na vida de muita gente.

A arte toca, remexe, chacoalha.

Principalmente quando é feita com prazer e respeito.

É isso. Eu me respeito. Por isso não desisto. Por que quero o que me faz bem. Amo muito tudo isso. Mesmo que seja dificil, eu amooooo!

Beijos e boa noite.

sábado, 16 de agosto de 2008

Me caiu os butiá do bolso...


E por hora não tenho muito mais do que isso para dizer.

I'm working, in process.

Pasma e pensativa. Irritada e cheia de idéias. Calma e confusa. E esclarecida ao mesmo tempo. Ou me esclarecendo. Ou buscando ao menos.

Já falei aqui de um grande amigo que volta e meia me diz, brincando: Pra que simplificar se eu posso complicar?

Ele sabe que é complicado, que complica as coisas, quando poderia facilitar.

Mas pelo menos ele sabe. Tem gente que não percebe.

Que prefere sofrer ou fugir, ou as duas coisas ao mesmo tempo.

Ter coisas lindas ao seu alcance é às vezes enlouquecedor. Não ter as coisas exatamente como se quer inquieta...

E a saída mais tranqüila e egoísta para isso é fugir e voltar-se para o próprio umbigo.

Não sei se digo isto para me escutar também e se por vezes não estou falando de mim mesma. Se estou peço que eu mesma me escute: Quero mudar. Não quero fazer parte disto. Não estou disposta a compactuar com esse tipo de atitude covarde.

Não. Eu acredito ainda nas pessoas e nos sentimentos. E na força transformadora da arte e no poder de um sonho. E acredito em aprender com o passado e me orgulho quando consigo perceber atitudes minhas que mudaram de padrão para o meu bem e dos que me rodeiam.

E desejo muito meus sonhos todos. Aqueles claros e objetivos e os outros nem tanto, que expressam sensações, aromas e sabores...

E não pretendo desistir deles. Só estou recolhendo os butiás enquanto reflito sobre os últimos acontecimentos...

beijos na alma, e aquele abraço pra quem fica!



*Graças a Dionisos o teatro é mágico e transformador, pois as apresentações desta semana foram maravilhosas, e nem o 'mau tempo' impediu o público de se encantar e sonhar. O mundo é redondo!



quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Blond's week


Pra que não fiquem dúvidas de que é por isto que o teatro me move, depois do último post envergonhado e "desenxavido" (não tenho a menor idéia de como se escreve isto, rss) com a minha atuação na última sexta, tenho o orgulho e prazer de dizer que encerrei a temporada da Rainha do Lar com a mais absoluta dignidade e satisfação. Muito boas as duas últimas apresentações! Quem viu, viu e quem não viu... Sabe-se lá quando haverá outra temporada, mas eu aviso. Por enquanto só apresentações vendidas.

Neste findi volto a cartaz com Os Saltimbancos, lá no Teatro Novo DC. Um espetáculo que eu adoro, um elenco divertidíssimo, que mais parece aquelas tribos que se encontram a cada ano bissexto. Parece que sinais de fumaça chamam para uma nova temporada e lá estão os "indio véio" se reunindo denovo pra re-ensaiar as coreografias nada simples da Jussara Miranda. E dá-lhe maltratar os neurônios na tentativa de lembrar textos, marcas, músicas e coreôs, rsss... Caraca, às vezes bate a síndrome da "melhor idade" por lá, hahaha... Mas vai ser ótimo, ou jóia, como diria a gata, rsss... Até outubro, aos sábados e domingos, 17 horas. Apareçam. Quando eu não estiver em cena (em função da Canção de Assis, Rainha do Lar ou Dona Gorda), uma stand by arrasará no meu lugar. Te mete, loira fazida. Ou você também pode ter a sorte - ou azar de me ver em outros papéis, visto que 'até a página dois' também sou stand by, pois já fiz quase todos os papéis da peça. Te cuida Álvaro Rosacosta, só falta eu fazer o jumento, rsss. Não saberia fazer uma coreografia de jumento, agora o texto eu sei todo... Hmmm a loira está tendo idéias... fazer o monólogo dos Saltimbancos! Já pensou? Cia do Monólogo Loiro apresenta... Aff cala a boca criatura!

Paralelo a essa função, semana que vem viajaremos com A Canção de Assis (uêbaaaa) pelo projeto Lâmpada Mágica, de segunda a sexta. Grupo Farsa ansioso e muito a fim desta viagem(eu inclusive!). Preciso repetir? Repito: Amo fazer parte desta Canção! Tivemos apresentação em escola esta semana e foi uma ótima experiência. Destaque para algumas imagens que eu e Petit criamos, hahaha... A minha: eu insisto em dizer que o burrinho é trancado em uma jaula (que EM NENHUM MOMENTO aparece ou é citada na peça). A imagem da Petit: senhoras e senhores, alguém consegue imaginar um burrinho que tenha orelhas grandes E pequenas? Ao mesmo tempo? hahahaha... Lapso ou licença poética? Tá, mas to rindo mas fico puta comigo. Te liga loira! Vai decorar o texto! A Petit viajou, ela tb é filha de Deus, mas tu... não foi a primeira vez! Calma Giba, eu vou corrigir e tu nem vai acreditar que sou eu, acertando o texto!

Ou seja, estou me organizando para a semana corrida que vem por aí, curtindo meu apartamento, os banquinhos e talz... hahaha... Nada não, esquece... piada interna...

hahaha... a loira ri... se despede e vai pro berço!

Outra hora falo das outras coisas que me remexem... São muitas.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ueba rauêraraiá...


Chuvinha caindo sem parar mais, mas parece que andou fertilizando as mentes, os ânimos, as parcerias...


Depois de um tempo "dando um tempo" eis que o Grupo Farsa retoma os ensaios de O Avarento.

Ainda não retomamos as minhas cenas nos últimos ensaios mas dei boas gargalhadas vendo o Zé, a Daia e o impagável Cleanto do Marquito no ensaio desta quinta. Brigadim pelas risadas e por acender os ânimos.

Várias coisas tem preço, mas ver atores se divertindo em criação e um diretor colocar denovo um sorriso no rosto... ah não tem preço não...

Aproveito para comentar, foi de arrepiar o final da apresentação da Canção de Assis no shopping Praia de Belas domingo passado.

Gente querida vindo nos cumprimentar emocionadas. A Bel pela terceira vez lá, olhinhos marejados de lágrimas de mãos dadas com a filha.

Aline querida, que pouco conheço mas simpatizei sempre, trazendo boas energias pra nós.

E o Giba aplaudindo de braços pra cima. Nããããããooooooooo! Não é puxa-saquismo! Foi real, muito a fu!

Bem, fico por aqui, pois assim como tem os dias bons, aff, hoje foi um dia muito estranho na Rainha do Lar. sabe, quando parece que tu tá no palco e tua mente e corpo não te acompanham? Não sabe? Eu sei. Me senti assim hoje. Uó.
Mas passa, tudo passa e amanhã é um novo dia.

beijos a todos e todas e gudinaiti...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Do querer...

De volta.
Estive por aí me cavocando, revolvendo a terra, mexendo no meu jardim.
Florescer não é fácil e requer cuidados.
E às vezes, ousadia.
Sempre fui muito observadora e me considerava perspicaz, atenta, antenada.
Hoje tenho minhas dúvidas, sou um pouco tapada. Hehehe... Às vezes é preciso ser também. Observar cansa e entender a ordem cósmica é muito complicado, nem sempre é tarefa pra um loiro cérebro desatinado...
Percebi também neste hiato de tempo o quanto ser blogueiro é viciante, rsss... O quanto me ofendia com a falta de atualizações e o quanto me culpava de não estar postando, hehehe...
Como diz um amigão meu: pra que simplificar se a gente pode complicar?
E vi o quanto tava me complicando, o quanto a gente complica a vida. Pra quê hein?
Eu que sempre me orgulhei de ser transparente, agora fico me perguntando se isto não me prejudica. Oxi mundinho mais doido que faz com que as pessoas cultivem o hábito de falar o que convém.
Então cheguei a me perguntar: quer dizer que terei que aprender a não expressar o que realmente sinto? Vou exercitar o fingimento?
Não meu deus! Não mesmo. Pra dizer verdades que não são minhas eu tenho o teatro. Pra "mentir" com prazer. E muito prazer. Prazer de me fazer acreditar dizendo algo que não sinto, ou emprestar meus sentimentos verdadeiros pra outras vidas.
Vidas. É disso que estou falando. De encontros de vidas.
Mergulhei em mim pra descobrir o quanto quero confundir minha vida com outras. Pensei até em dizer "dividir" ou "trocar". Mas não. É confundir mesmo. Porque é bom demais.
Relações humanas. Quando a energia de mais de uma pessoa juntas é tão una que confunde-se.
É mágico, é êxtase.
Quero. Muito.
Achar as vidas que vão fundir-se à minha.
Em todos os planos. Profissional e pessoal.
Respirei muito nestes dias muitas coisas de Teatro de Grupo e isso sempre foi um sonho. Sei que em breve deixará de ser. Vai tornar-se concreto. E do plano pessoal... hum... me reservo o direito de não comentar a respeito, hehehe... Transparente sim, explícita nem sempre.
Mas esta é a ordem do dia. Confundir as energias todas.

Que é isso loira, suruba? Quase. Mas só os atentos entenderão e estarão presentes, rsss...
Tá, mas - vão me dizer - as coisas acontecem quando a gente menos espera, se tu procurar não encontra!
Ok - vou responder - mas eu não estou procurando, tô só aqui cuidando do meu jardim, e querendo... muito. E afinal, querer não é poder?


Ah, não responda...
Queira.


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Fora do ar...



Estou em manutenção. Volto logo. Linda, loira e a milhão.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

deste momento...


Escrevo e apago, escrevo novamente... e apago.

Não. Não vale a pena falar a respeito. Tem coisas que não são para ser ditas, são para ser percebidas e se não o são, é melhor deixá-las quietas.

Pelo menos o mais quietas possível, ou o suficiente para amadurecerem sozinhas.

Pensamento confuso, questionamentos sem fim. É, "eu me questiono" também.

Sobre tudo. Sempre.

Sobre a vida, a arte, amores... espaço.

O meu espaço. O meu papel. A minha função e as condições que tenho para assumi-la, ocupá-la e ser digna.

E volta e meia me pergunto se não peguei a estrada errada. Se não estou iludida. Se não estou sonhando demais. Demais? E algum sonho é demasiado? Sonho é sonho - eu penso - e no meu sonho mando eu. Se quero ele pequeno, o faço, se quero ele gigante, deixa eu sonhar!

Aff... mas como um Dom Quixote me deparo com tantos moinhos sempre... Se eu me desse conta que são apenas moinhos, seria tudo mais tranquilo.

Mas nada parece propenso à tranquilidade... tudo sempre tão turbulento...

Tô um pouco mareada com isso tudo, parece final de domingo de Páscoa quando a gente come chocolate demais... E eu adoro chocolate...

Adoro...

"... adoro cortinas que se abrem... adoro o silêncio antes do grito... adoro o infinito de um momento rápido... o instrumento gasto... o ator aflito" ... Gracias Zélia Duncan, sempre as palavras certas no momento exato...

A atriz aflita fica por aqui...

sábado, 5 de julho de 2008

De pequenos notáveis...



A parte ruim de ser baixinha é ter que passar a vida inteira ouvindo aqueles ditados infames: " os melhores perfumes estão em frascos pequenos... e os piores venenos também" he-he-he (sorriso BEM amarelo)...
Parte ruim? É. Porque tem partes boas também. Tá certo que não me ocorrem muitas assim em segundos, mas por exemplo, eu NUNCA tive problemas em me acomodar em cinemas e teatros (hm... pensando bem algumas poltronas são meio altas...), NUNCA me olham de cara feia se eu sento em uma primeira fila na frente de alguém, NUNCA precisei andar corcunda em uma lotação e por aí vai. Em compensação... tenho um lado Blanche Dubois* nos super-mercados da vida... É, "eu sempre dependi da bondade de estranhos".
Pergunto: POR QUÊ em cada corredor de um super-mercado não tem um banquinho, uma escadinha e sim aquelas "bruxas" pra limpar o chão das melecas geradas por produtos que se estraçalham no chão? Se tivesse, metade dos produtos não cairiam... Afff... eu já perdi as contas de quantas estratégias de alongamento precisei fazer pra pegar "aquele produto ali da última prateleira". E de quantas vezes precisei ser simpática e pedir a uma alma bondosa que me alcançasse o produto exatamente naquela hora que tu não tem a menor vontade de falar com ninguém, só quer pegar teu enlatado e ir pra casa fazer um improviso culinário e desabar na cama.
Enfim, toda essa introdução para dizer que... As aparências enganam!
A cena a seguir, com qualidade de imagem prejudicada devido a uma câmera de celular sem flash e a precária iluminação na parte dita "segura" para estacionar no Centro Municipal de Cultura, ocorreu ontem no final da tarde. Situação: Transporte do cenário da Canção de Assis do teatro para a casa do Gilbert e Marquito. Testemunhas: Eu, Gilbert e Daia. Burro de carga: Meu corsinha. Nosso Plano: Levar o que der no corsinha e o resto colocar num táxi. OBS: Este era o plano B, visto que no original levaríamos tudo em dois carros como de costume. Mas como na quarta-feira eu e Lucas havíamos adiantado o serviço, sobrou menos coisa. Menos coisa???? meu anjoooo... Coisa pá caraio! Putz, é mesmo... esqueci de fotografar as coisas todas no palco, pra se ter uma idéia do volume que estou falando.
Enfim, posso dizer que a cena toda era muito engraçada, um gigante e duas anãs fazendo trabalho de formiguinha! Sim para quem não conhece as peças é mais ou menos assim: o Gilberto é um gigante (sim, do meu ponto de vista todo mundo com mais de 1,60cm tem grandes chances de ser um gigante), mas ok, vou ser menos exagerada e dramática, ele é um cara alto, nenhum jogador de basquete, mas é alto. E eu e a Daia não somos baixinhas, somos minúsculas! Grandes mulheres é claro (hahaha) mas beeeeemmm baixinhas (ou seja , um charme! hahaha.... arraaaasaaa) e com um detalhe, a Daia ainda é tipo a metade de mim, se fossem me dividir (na vertical, please!).
E lá estávamos os três, o formigão-mór dando as coordenadas e as formiguinhas "de apoio" trazendo as coisinhas mais leves (formiga-dama é foda) e colocando no não menos compacto Paco o nosso amado cenário. Ah, não apresentei né? O nome do corsinha é Paco. Paco de Lucia (sem asteriscos aqui, quem sabe sabe, quem não sabe procura no Google!).
Well... e não é que depois de vinte minutos de encaixa aqui, ajeita ali, empurra isso pra cá, quando chegamos no carro - eu e Daia - com as últimas coisinhas nos braços, só vejo o Gilberto saindo de dentro do dito cujo super corsinha e dizendo: - Lucinha, ainda bem que tu não é claustrofóbica!
Meniiiiinoooooo.... Criatuuuuura!


Prestenção na visão que eu tive da traseira do meu corsinha...


Olho pro Gilbert com o queixo caído e ele diz: não vamos precisar de táxi!

Sim, só que a Daia não poderia ir junto, pq ainda bem que eu sou uma pessoa, digamos enxuta. Olha só a visão de frente com Daia posando de motorista.



Meu medo era apenas um:"Tá, vou entrar, fechar a porta e dirigir até o nosso destino. Mas... quando abrirmos as portas lá, não vai tudo explodir como um champanhe?". Ai loira... menos... menos cinematográfico, please...
Bom pessoas, não explodiu. Eu e Giba subimos o cenário em 3 vezes no elevador. Um elevador para 5 pessoas. O que me faz concluir que, como disse o formigão: "bah Lucinha, teu corsinha é mágico!".
Aham mágico só não. É tri parceiro! Amo-lo.
O pequeno notável desta não tão notável pequena.

* Blanche Dubois é o nome da personagem da peça de teatro "Um Bonde Chamado Desejo", de Tennesse Willians. Foi filmado nos anos 50, com direção de Elia Kazan. Tinha no elenco, nos papéis principais Marlon Brando e Vivian Leigh (a Scarlett O'Hara de "O Vento Levou"). É da personagem dela a frase "Eu sempre dependi da bondade de estranhos". Ganhou O Oscar por esta atuação. Para os admiradores das artes cênicas, é uma dica de um clássico importante com grandes interpretações. Para atores e atrizes e aspirantes, é fundamental a meu ver. É história da arte.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Do avesso...


Não sei se devo escrever muito hoje. Ou melhor, não sei se quero. E ao mesmo tempo queria organizar os pensamentos.

Uma vez escrevi para um amigo, ou disse, não importa, fazem anos isso e ele me lembrou há uns meses atrás a seguinte frase " por vezes as palavras não me bastam". Ele disse que nunca tinha esquecido desta frase. E veio me falar porque havia usado em uma música. Pra tu ver... Como as coisas chegam na gente de maneiras diversas. Como o sentido que elas tomam são diferentes...

Sei lá por que raios eu falei aquilo, provavelmente no século passado e muito provavelmente num ímpeto adolescente de fazer alguma poesia com algum impacto enfim. Ou até quem sabe, por um milagre qualquer, eu tenha dito isto num contexto complexo.

Sei que neste momento-hoje-agora... sim. As palavras não me bastam.

Por estar na hora certa no lugar certo (meu templo pessoal) assisti ao que precisava assistir - e graças!... sozinha. Graças? Como assim loira? Tu ficou mandando torpedos a todos as pessoas que achavas que tinham que estar conectados àquilo naquele instante contigo... como assim? É... eu quis muito que algumas pessoas especiais vivessem aquilo, mesmo que de longe, comigo. Mas de longe. Porque tinha que absorver tudo aquilo na solidão.

E então... I'm sorry, tentei escrever mais, mas não dá. Não agora, não por obrigação. Minha alma artista tomou um porre e está em êxtase. Preciso mergulhar em meus devaneios, filtrar o que de maravilhoso e brilhante eu vi e ouvi e compactuo, questionar e até mesmo deletar o que eu entenda por "bobagens" mas, com o sentimento de ter visto a nossa arte - no mínimo - levada a sério, dormir orgulhosa.

Ia falar da parte "divertida" do dia, postar fotos. Mas não cabe agora. Não hoje.

Seria brochar este momento.

Boas noites...


terça-feira, 1 de julho de 2008

Um bolo... STOMP! ... e idéias...


Então, assinale aí (verdadeiro ou falso):

- O dia e hora mais non-sense para se reunir os amigos para um bolo (bolo mesmo - a torta) de aniversário é uma segunda-feira às 23 horas. É lógico que ninguém virá, e se vierem sairão dentro de no máximo uma hora.

( )verdadeiro
( )falso

Bom, como me acostumaram a respeitar a opinião alheia (e às vezes eu consigo fazê-lo) vou aceitar quem assinalou verdadeiro, masssss....

Não foi o que aconteceu ontem, portanto a resposta certa para a questão - se os envolvidos forem grande parte do elenco (ééé... faltou o Zé e o Cacildo!) do Grupo Farsa é: Falsoooo.


E como se não bastasse o encontro ter sido recheado de muitas opiniões sobre as facilidades e dificuldades de reproduzir o som/imagem/performance do STOMP, depois de um determinado momento - estranhamente depois que o diretor se recolheu aos seus aposentos (será um motim surgindo no ar?) - idéias começaram a fervilhar naquela sala colorida. Será que todas as salas do mundo são coloridas? Hmm, outra hora reflito a esse respeito (a loooouca!).

Mas o bom disso tudo foram as idéias fervilhando... Que espero não se percam no tempo nem virem viagem de uma madrugada (aquelas coisas que usamos chamar de conversa de bar). Me enchi de ânimo e senti finalmente que algo como um "espirito de grupo" estava vibrando no ar.

Quero. Quero muito. Não que não estejamos vivenciando isso desde o início dos ensaios do Avarento e também não significa que a Canção não tenha isso em suas entranhas. Mas para mim, esses momentos que surgem de devaneios em conjunto caracterizam o que pra mim é fundamental na elaboração de um projeto, uma linha, uma linguagem de trabalho, pesquisa, criação.

Me coloca mais dentro de universo, acredito que quando a gente se sente "parteira" de uma nova idéia, temos uma verdade expontânea naquilo. Não que não se possa comprar uma idéia e abraçá-la de corpo e alma por identificação, é como uma adoção e sendo assim é repleta de carinho e entrega também. Mas os filhos de sangue - quando muito desejados - acredito que tenham essa qualidade diferente...

Sendo assim, dedos cruzados e uma torcida interna, que todos invistam nesta idéia, nesta gestação. O sexo e a feição do que virá não importa, desde que tenha MUITA saúde. E terá.

E só pra não acharem que tudo ontem se resumiu em conversas mirabolantes, aqui vai uma imagem do finalzinho do bolo-reunião que virou um bolo de idéias...

Hehehe... o Marquito se presta... Depois os conterrâneos dizem que ele tá mudado e ele não sabe porquê! hehehe...

Inté!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

De raízes e essência...


Tem momentos na vida da gente que o chão some.
Tudo perde o sentido. A atmosfera é outra. Por mais que a gente saiba que aquele dia é comum e mais um dia, parece que o mundo virou do avesso.
A nossa identidade fica embaçada, confusa e sem cor própria.
Bom, não é preciso mastigar mais essa informação, quem já passou por isso sabe do que estou falando.

Passei por isso há mais ou menos um ano e meio atrás.
E precisava me reencontrar, me recompor, me reciclar, renascer. Cavocar em mim minha essência. Recriar novas raízes.

É incrível como nestas horas, inevitavelmente nos apegamos à música. Meu Deus, como a gente ouve música quando quer se achar, se perder, se apaixonar, se purgar. Como é forte isso.

Bom... eu naquele momento comecei a pesquisar coisas novas. Baixar pela internet coisas antigas que eu só tinha nos meus amados e lendários discos de vinil, procurar novas vozes, novos timbres para a minha reciclagem. E foi nessa busca que encontrei esse músico aí. Na verdade foi procurando tudo o que eu podia encontrar de Zélia Duncan que encontrei o "tal" de Fred Martins.

Buscava Zélia Duncan porque sempre digo aos meus amigos: quer me conhecer? Escute TUDO de Zélia Duncan. As músicas ruins tu deleta, como deleta meus defeitos, e as boas, escuta várias vezes. Lê suas letras. Seu humor na escolha de repertórios, como do cd "Eu me transformo em outras". Aliás, indico a quem gosta de música brasileira da boa, rsss.

Pois bem, como se não bastasse descobrir que o tal do Fred era o autor de algumas músicas que eu amava da Zélia (e que nunca tinha me atinado de ler no cd), como "Flores" e "Hóspede do Tempo", descobri esta música aqui, que tornou-se um chá de essência, de raízes, para os dias que eu perco um pouco o prumo e preciso me energizar.

A letra já diz tudo. Mas se quiserem ter o prazer de conhecer um pouco mais deste músico (e porque não dizer, de mim), fiquem à vontade. Escutar esta música me lembrou uma música do Milton Nascimento chamada "Certas Canções" que diz: "certas canções que ouço/cabem tão dentro de mim/que perguntar carece/como não fui eu que fiz..." É o que sinto e o que senti ao ouvir esta música pela primeira vez.

Com licença, vou mergulhar um pouco em mim... aumente o som, e boa noite...

A Música Em Mim
de Fred Martins
com Fred Martins e Zélia Duncan

Há música em mim quando acordo cedo
A música em mim finge não ter medo
Há música em mim quando dói o dente
A música em mim age normalmente
A música em mim tenta ser discreta
Há música em mim quando fico quieta
(quando fico)
Há música em mim no congestionamento
A música em mim corre mais que o tempo
Trem bala na sala do meu apartamento
A música em mim refaz o dia
A música em mim me aplaude
Toda vez que eu sigo em frente
A música em mim parece um presente
(parece um presente)

terça-feira, 24 de junho de 2008

De opostos que me atraem...





Como um ator no camarim, me percebo, olho pra dentro de mim...

Não é tristeza... não é melancolia exatamente, é como um simples deslizar de pensamentos no céu nublado.

É buscar alimento dentro desta lógica singular.

Enxergar os rumos, perceber as barreira e vê-las não como dificuldades, mas como possibilidades, lembrando morpheus...

O clima cinza na cidade permite ver a vida como ela se mostra, sem máscaras, sem maquiagem... totalmente clean.

Não quero ser pessoal. Não hoje. Apesar de ser inevitável, visto a condição humana que me encontro. Apesar de estar refletindo sobre perdas e conquistas. Sobre o valor da amizade, de todos os tipo de amizade. Só vou dizer que sinto saudade de um anjo. Um anjo negro que partiu. Mas não quero a tristeza em mim. Não hoje.

Vou me embriagar destes sentimentos, transformá-los, como aprendi no palco que é possível acontecer.

E devolvê-los a mim, aos amigos, aos afetos... transformados e prontos para celebrar.

Hoje tem uma pequena francesa celebrando mais um ano de vida intensa... uma pessoinha cintilante e espevitada... festividades gastronômicas me aguardam...

Terceiro sinal... vou para a vida, celebrar. Me lambuzar de sorrisos e sentimentos. Testemunhar que a vida é uma festa.

Parabéns mon Petit! As cortinas vão se abrir! E que rufem os tambores!