quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sétimo dia...

A missa de sétimo dia do meu pai será nesta 6ª feira, dia 21 de agosto, às 18 horas na Igreja Santa Teresinha, em frente à Redenção.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Meus olhos verdes choram...

... e não tem como ser diferente.
Diante de tantas manifestações, abraços, palavras amigas e homenagens ao meu pai, eu engasgo, sorrio, entristeço, me emociono, me orgulho.
Em primeiro lugar, agradeço a todos os comentários no post anterior aqui do blog. Cada um destes comentários foi recebido com muito carinho. E me confortaram.
Hoje, mais uma leitura me trouxe doces lembranças, muitas divertidíssimas, sobre meu pai no blog da GRAFAR. Convido vocês a partilharem esta leitura comigo. É um tributo ao Bendati.


A exemplo de 1998, ano da morte de minha mãe, acho que minha ficha ainda não caiu por completo, visto também que tem sido uma época de muito trabalho (graças a deus...). Ou talvez o meu anjo porteño esteja agora, junto com minha mãe guerreira, cuidando de mim e tentando colocar um pouco de serenidade e maturidade no corpo e alma desta "boluda".

Mas, ainda que com a tranquilidade de saber-te descansando agora pai, sinto tua falta. E da mãe também.

Beijo vocês.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Besos, viejo Bendati!

Foto: Adriana Franciosi - ZH *


Não sei como melhor descrever meu pai.
Aqueles olhos azuis eram envoltos em tango. Ele respirava tango, tinha zilhares de cd's, discos de vinil, fitas K7 e noventa e nove por cento eram tangos. O um por cento restante certamente eram presente de alguém, que diga-se de passagem, se equivocou apesar de bem intencionado.
Carlos Gardel, Astor Piazzola, coletâneas tangueras preenchiam o universo deste argentino, naturalizado brasileiro, com mulher, filhas, neta e cachorros brasileiros, com muito orgulho, como ele mesmo dizia.
Anibal Carlos Bendati. Nascido em 11 de setembro, data lembrada com grande alegria até as torres gêmeas puxarem o foco. O Bendati puteou um pouco o ocorrido, com aquele palavreado castelhano de "baixo calão" que lhe era tão peculiar.
E é assim que lembro dele, e quero seguir lembrando sempre. Essa doçura e explosão constantes. Sem fazer da vida um mar de rosas. Porque também brigávamos, discutíamos, divergíamos, graças a deus. Mas foi ele, assim como minha mãe, que sempre apoiou a mim e minha irmã, nas loucuras e sanidades que resolvemos enfrentar.
Ninguém melhor do que o "véio Benda" repetia melhor o jargão que tão bem cabe aos artistas que ganham pouco e trabalham muito. Ele respondia à pergunta a quem perguntasse como ele estava, que estava "jodido pero contento" (deixem de ser preguiçosos, procurem um dicionário).
Pois bem, esse cara, jornalista, desenhista, professor, fez história nas artes gráficas no Rio Grande do Sul e no Brasil. Fez teatro também, na argentina, e talvez isto explique muita coisa. Não sei porque não foi cantor, pois tinha um vozeirão, visto que quando esbravejava com o computador, a vizinhança toda ficava sabendo.
E era doce. Uma manteiga derretida. Um porteño apaixonado e saudosista. Ele dizia sempre que no dia que chegou ao Brasil, em 57, no porto de Santos, se emocionou pois escutou, não lembro se em uma rádio ou o que, o tango "Mi Buenos Aires Querida", na voz de Gardel. Não sei se a cena foi assim mesmo, ou se o temperamento tanguero do pai imaginou a cena ideal, mas gosto de pensar que tudo aconteceu assim mesmo, com o charme dos anos 50 e o então jovem Bendati, com sua mala e seu terninho desembarcou por aqui para iniciar a nossa história, com toda poesia que aquela imagem dos filmes em preto e branco sabem imprimir.
Uma história rica e que fomos pintando em cores. De muito amor. De uma família amorosa e liberal. Que viveu os horrores da ditadura, e tantos outros acontecimentos bons e ruins com uma lei fundamental: amor. E respeito. Como já disse, com muito bate boca e divergência. Porque senão seria uma chatisse mesmo. Com uma inspiraçãozinha italiana, apesar do sobrenome Bendati com um "t" só remeter a italiano fajuto, o pai era neto de italianos sim.
E foi neste sábado, dia 15 de agosto de 2009 que meu pai, el gran Anibal Carlos Bendati partiu para outro plano.
Com um suspiro, como disse minha irmã.
E com um suspiro ficamos por aqui, rindo das ranzinzisses que se suavizam com a saudade, e com lágrimas contemplativas na lembrança dos mais belos olhos azuis que eu tive o prazer de conviver.

Fica em paz meu pai. A benção e todo o nosso carinho pra ti. Te amamos.
Tuas filhas, Lúcia e Mercedes
*Esta foto foi tirada para uma reportagem de dois ou três anos atrás e publicada no jornal Zero Hora. Obrigada à fotografa por ter captado com tanta poesia o meu pai que ela nem conhecia...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Estréia "O AVARENTO"

A partir de hoje até o dia 06 de setembro no Teatro de Câmara Túlio Piva entra em temporada o espetáculo "O AVARENTO", nas sextas e sábados às 21h e domingos às 20h. Ingresso a R$ 20,00 com desconto de 50% para professores, estudantes, classe artística, melhor idade e clube do assinante.


FICHA TÉCNICA
O AVARENTO - Grupo Farsa

Texto:
Molière
Elenco:
Elison Couto
Marcos Chaves
Daiane Oliveira
Lucas Krug
Ariane Guerra
Lúcia Bendati
Zé Mário Storino
João Pedro Madureira
Trilha Sonora e Preparação Vocal:
Marcos Chaves
Mixagem:
Leonardo Vergara
Figurinos:
Daniel Lion
Maquiagem e Cabelos:
Elison Couto
Cenário:
Gilberto Fonseca e Lucas Krug
Iluminação:
Gilberto Fonseca
Projeto Gráfico:
Adriana SanMartin
Fotografia:
Luciana Mena Barreto
Divulgação:
Sandra Alencar
Produção:
Inês Hübner
Assistência de Direção:
Marcos Chaves
Direção:
Gilberto Fonseca

Experimente não conferir...