segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aprendendo a rir dos medos!

Tenho pensado muito no que me move.
E percebo ter sido este um ano de ensinamentos.
E não estou aqui me referindo apenas aos maus momentos que me fizeram aprender a socos.
Falo nos sopros de leveza e nas gargalhadas e êxtases e tantos momentos mágicos que por vezes vivenciamos sem nem ao menos nos darmos conta no instante em que acontece.
E estou aprendendo.
A perceber.
A refletir (mais).
A saborear coisas pequenas.
A me fartar com as grandes.
A perceber sinais e me permitir reagir a eles.
Sem medos. Ou com medos assumidos. Com dignidade.
E tentando me alimentar de coragem.
Pra ir em frente.
E fazer valerem as coisas boas e ruins pelas quais passei.
Porque estou cada vez mais entendendo que se todas elas fossem boas,
a vida seria um tédio.
E se todas fossem ruins também.
E não quero assim baixar a cabeça e aceitar as coisas indesejáveis,
despropositadas, cruéis e tristes,
só porque a vida quis assim.
Quero ser gente. Carne e osso, sangue que borbulha. Vísceras.
Que explode e se contradiz. E grita. Sorri. Chora.
Mas aprende a lutar.
E almeja vencer.
E vai enfrentar os desafios.

Lembrei do meu amigo, que escreveu uma reflexão linda do ano que passou e fez projeções pra este ano. E não viu - aqui neste plano - este ano terminar. E tive medo, confesso, de refletir sobre este ano, e de lançar aos ventos as minhas palavras.

Pausa. Riso (medroso, mas é um sorriso).

Ah tá, loira ruiva, e tu tá te achando tão poderosa assim? É, eu me acho às vezes...

Mas meu amigo sabe que eu não iria imitá-lo, né Zé?

Eu gosto mesmo de quebrar umas regras!

E vamos virando a página, que o aprendizado é longo e tem muita coisa ainda por vir!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Salve, Zé Mário!

foto: Lu Mena Barreto
Esse ano tá muito louco...
Sinais a toda hora querendo dizer coisas que eu preciso entender.
Momentos lindos e momentos cruéis.
Coração a todo momento sendo posto à prova.
Tristeza.
Foi-se hoje meu grande amigo Zé Mario Storino.
Figura ímpar. Sorriso único. Alma exemplar. E danado de cabeça-dura. Graças a Deus. Se fosse perfeito, ninguém agüentava.
Reclamávamos ao longo de anos de amizade, que nunca tinhamos contracenado juntos, o mais perto que chegamos foi na Dona Gorda, ele na cabine, operando o som (essencial demais pra esse espetáculo acontecer) e eu em cena.
E veio 2009 e o prêmio da Funarte que possibilitou a estréia do Avarento.
Viva! Eu e o Zé em cena juntos, finalmente.


foto: Luciano Sousa

E hoje, dia 16 de novembro, sem nenhum senso de humor, o Zé sai de cena. Assim, na velocidade do seu sorriso lindo. E nos deixa sem chão, puxa o nosso tapete e improvisar se torna quase impossível.

Num clique de inspiração com as lembranças desse amigo eterno e essencial, escrevi na página do orkut dele o texto que coloco no final deste post, e me recolho hoje preparando-me para o dia de amanhã, quando terei a primeira apresentação de Dona Gorda sem o Zé entre nós, ele que me indicou para o papel e me apresentou ao também amigo e parceiro Paulo Guerra. Fiquemos com tua doce lembrança amigo. Nosso bondoso Mestre Tiago do Avarento, nosso amigo e grande colega da maior parte da classe artística de Porto Alegre. A perda é enorme. E ganham os anjos do céu.

Aplausos amigo!

Zé, tu é muito baderneiro, arteiro, sem vergonha...
E eu te amo.
E achei sem propósito tua saída de cena
E eu te amo
E tu foi meu padrinho em tantas coisas que perdi a conta
E eu te amo
E tua amizade vai fazer falta todo dia.
E eu te amo.
Mas a lembrança do teu sorriso lindo vai nos acompanhar...
E é por isso e por tudo que tu sempre foi,
Que eu te amo. Sempre.
Me aguarde, quando eu te reencontrar te encho de palmadas por ter saído de fininho
Tó. Leva contigo um pedacinho do meu coração. Ta doendo mesmo, faz um cafuné....



foto: Luciano Sousa


by me, na página de recados do Zé no orkut...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

... A vida não esfria mesmo...

A semana que passou foi corrida (ou deveria dizer todo o mês de outubro?), e na verdade me sobraram apenas dois dias de um certo respirar, pra juntar fôlego e encarar mais uma jornada puxadinha.
Como sempre, outubro, o mês da criança, me reserva sempre muitas apresentações dos espetáculos infantis, sendo muito comum eu ficar sem nenhum dia de folga. Neste mês foi diferente, tive dois dia de folga, uau, que luxo!
Mas isto não é reclamação, graças a deus tem trabalho.
Mas o pico da correria foi o finalzinho do mês com 5 apresentações da Dona Gorda no circuito do SESC pela semana do comerciário. Me apresentei em cinco cidades em cinco dias, fazendo um publico de aproximadamente 1.500 pessoas. Sucesso, coisa boa!



E agora de 05 a 14 de novembro O Avarento fará turnê pelo interior do estado. Seis cidades em 09 dias. Maior correria e muita alegria de ver o espetáculo na estrada.
Feliz também de ter almoçado com minha irmã e ter conhecido o conto que ela enviou ao concurso Nescafé, que virou um livro que foi lançado nesta feira do Livro com o título "Os melhores contos para não deixar a vida esfriar". Compartilho o conto da página 45 do mesmo com vocês:

Sobrevida

Senti a morte perto de mim.
Nesta noite, ela rondou, pegou de
raspão na minha orelha, deixou uma
marca no braço. Ela se foi, mas vai
voltar em outro momento.

Pela janela, o sol foi aquecendo
os meus pés na cama. Olhei para
o céu sem nuvens, escutei os
passarinhos e as vozes queridas
preparando o café da manhã.

Ganhei mais um dia...


Maria Mercedes Bendati

Importante como as coisas acontecem na hora certa pra gente. Mana, muito obrigada por este toque de delicadeza na minha alma. Obrigada pelo arrepio e orgulho que sinto de ti. Por ver com tanta clareza o que é realmente importante na minha vida. Te amo, minha irmã...

Beijos... as malas me esperam...