terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Virando a página!
Ei 2010...
Vou te plantar com cuidado e carinho...
E desejar bons acontecimentos.
Aprendi muito no ano que passou.
Em momentos bons e ruins.
E cresci. E vou crescer mais.
Pero sin perder la ternura jamás.
Beijos a todos e todas.
Muita delicadeza e gentileza no novo ano.
E amor e brincadeiras.
E sementes plantadas que sejam bem tratadas e se desenvolvam grandiosas em solo fértil.
Ano que vem estou de volta.
Um brinde!
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
A cara à tapa...
E eu sempre abraçando a postura da fortona, a esclarecida, a consciente, madura, focada.
Mas me cansa.
Só eu sei como eu sou por dentro.
Como me machuca ser assim.
Como me revolve as entranhas não ter meios termos pra falar.
E ter que ser a analista e a analisada de mim mesma dizendo: ta te fazendo de vítima.
Estou? Talvez esteja sim. Ou simplesmente esteja me permitindo por pra fora o que nunca coloco.
Mania de perfeccionismo. De achar que blog é quase uma publicação jornalística. . É nada, é um diário-desabafo virtual. Pelo menos até a página dois.
Tenho refletido muito a respeito de amizade (nossa, como eu ando reflexiva...).
E sei que não tenho as verdades em mim.
Sei que sou super equivocada em várias coisas.
Mas não consigo aceitar que ser amigo é dizer o que o amigo quer ouvir. Sempre vou acreditar que ser amigo é dizer o que o amigo precisa ouvir.
Mesmo que doa, mesmo que machuque. Assim como eu gosto de ouvir verdades duras.
Gostar é modo de dizer. Ninguém gosta, se as verdades não são doces.
Vai dizer: Coisa boa ouvir de um amigo um elogio sincero? Bah, a gente é tão maluco, que não acredita quando o elogio vem do amigo. Acha que ta só agradando, só porque é amigo.
E então, quando o amigo critica ou abre teus olhos, tu te ofende. Fica de cara. Imagina sei lá o que, de repente até imagina que o amigo quer te por pra baixo!
Imagina! Um amigo!
Na minha terra – família onde me criei – amigo vem acima de tudo. É com quem a gente tem que se preocupar pro resto da vida. Minha mãe dizia que era capaz de matar por um amigo. E quer saber? Eu acredito que era mesmo. Me deu muitas vezes provas disso, sem precisar matar ninguém.
Mas eu ando meio ressabiada. Acho que não tenho muito jeito com as pessoas. Não sou boa com jogos sentimentais. Ou talvez devesse dizer que não saiba conduzir muito bem uma amizade. Sabe aquilo? Que sempre dizem que o melhor é tu chegar às conclusões e não recebê-las de mão beijada? Que a gente não deveria responder o que a pessoa pergunta, deveria responder “céu” ao invés de dizer “azul”? Deveria levar a pessoa a concluir sozinha. E aí num belo dia, por motivos alheios ou como hoje que chove às pencas, ao invés de dizer “azul”, a pessoa diz: chuva, molhado, água, vou me afogar! O que se faz numa hora dessas? O amigo quer ouvir “amarelo” e tu queres que ele conclua “azul”. Ele quer as estrelas do céu e tu queres dizer que o céu vem antes de tudo. Ai difícil. Muito difícil.
Eu, cá da minha janela vendo a chuva cair, só espero que não tenha me machucado a toa. Espero eu também aprender a calar a boca um pouco mais.
E agradeço pelo ombro. Sempre é bom falar. Mesmo que sejam palavras amargas.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Aprendendo a rir dos medos!
E percebo ter sido este um ano de ensinamentos.
E não estou aqui me referindo apenas aos maus momentos que me fizeram aprender a socos.
Falo nos sopros de leveza e nas gargalhadas e êxtases e tantos momentos mágicos que por vezes vivenciamos sem nem ao menos nos darmos conta no instante em que acontece.
E estou aprendendo.
A perceber.
A refletir (mais).
A saborear coisas pequenas.
A me fartar com as grandes.
A perceber sinais e me permitir reagir a eles.
Sem medos. Ou com medos assumidos. Com dignidade.
E tentando me alimentar de coragem.
Pra ir em frente.
E fazer valerem as coisas boas e ruins pelas quais passei.
Porque estou cada vez mais entendendo que se todas elas fossem boas,
a vida seria um tédio.
E se todas fossem ruins também.
E não quero assim baixar a cabeça e aceitar as coisas indesejáveis,
despropositadas, cruéis e tristes,
só porque a vida quis assim.
Quero ser gente. Carne e osso, sangue que borbulha. Vísceras.
Que explode e se contradiz. E grita. Sorri. Chora.
Mas aprende a lutar.
E almeja vencer.
E vai enfrentar os desafios.
Lembrei do meu amigo, que escreveu uma reflexão linda do ano que passou e fez projeções pra este ano. E não viu - aqui neste plano - este ano terminar. E tive medo, confesso, de refletir sobre este ano, e de lançar aos ventos as minhas palavras.
Pausa. Riso (medroso, mas é um sorriso).
Ah tá, loira ruiva, e tu tá te achando tão poderosa assim? É, eu me acho às vezes...
Mas meu amigo sabe que eu não iria imitá-lo, né Zé?
Eu gosto mesmo de quebrar umas regras!
E vamos virando a página, que o aprendizado é longo e tem muita coisa ainda por vir!
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Salve, Zé Mário!
Sinais a toda hora querendo dizer coisas que eu preciso entender.
Momentos lindos e momentos cruéis.
Coração a todo momento sendo posto à prova.
Tristeza.
Foi-se hoje meu grande amigo Zé Mario Storino.
Figura ímpar. Sorriso único. Alma exemplar. E danado de cabeça-dura. Graças a Deus. Se fosse perfeito, ninguém agüentava.
Reclamávamos ao longo de anos de amizade, que nunca tinhamos contracenado juntos, o mais perto que chegamos foi na Dona Gorda, ele na cabine, operando o som (essencial demais pra esse espetáculo acontecer) e eu em cena.
E veio 2009 e o prêmio da Funarte que possibilitou a estréia do Avarento.
Viva! Eu e o Zé em cena juntos, finalmente.
foto: Luciano Sousa
E hoje, dia 16 de novembro, sem nenhum senso de humor, o Zé sai de cena. Assim, na velocidade do seu sorriso lindo. E nos deixa sem chão, puxa o nosso tapete e improvisar se torna quase impossível.
Num clique de inspiração com as lembranças desse amigo eterno e essencial, escrevi na página do orkut dele o texto que coloco no final deste post, e me recolho hoje preparando-me para o dia de amanhã, quando terei a primeira apresentação de Dona Gorda sem o Zé entre nós, ele que me indicou para o papel e me apresentou ao também amigo e parceiro Paulo Guerra. Fiquemos com tua doce lembrança amigo. Nosso bondoso Mestre Tiago do Avarento, nosso amigo e grande colega da maior parte da classe artística de Porto Alegre. A perda é enorme. E ganham os anjos do céu.
Aplausos amigo!
Zé, tu é muito baderneiro, arteiro, sem vergonha...
E eu te amo.
E achei sem propósito tua saída de cena
E eu te amo
E tu foi meu padrinho em tantas coisas que perdi a conta
E eu te amo
E tua amizade vai fazer falta todo dia.
E eu te amo.
Mas a lembrança do teu sorriso lindo vai nos acompanhar...
E é por isso e por tudo que tu sempre foi,
Que eu te amo. Sempre.
Me aguarde, quando eu te reencontrar te encho de palmadas por ter saído de fininho
Tó. Leva contigo um pedacinho do meu coração. Ta doendo mesmo, faz um cafuné....
foto: Luciano Sousa
by me, na página de recados do Zé no orkut...
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
... A vida não esfria mesmo...
Como sempre, outubro, o mês da criança, me reserva sempre muitas apresentações dos espetáculos infantis, sendo muito comum eu ficar sem nenhum dia de folga. Neste mês foi diferente, tive dois dia de folga, uau, que luxo!
Mas isto não é reclamação, graças a deus tem trabalho.
Mas o pico da correria foi o finalzinho do mês com 5 apresentações da Dona Gorda no circuito do SESC pela semana do comerciário. Me apresentei em cinco cidades em cinco dias, fazendo um publico de aproximadamente 1.500 pessoas. Sucesso, coisa boa!
Feliz também de ter almoçado com minha irmã e ter conhecido o conto que ela enviou ao concurso Nescafé, que virou um livro que foi lançado nesta feira do Livro com o título "Os melhores contos para não deixar a vida esfriar". Compartilho o conto da página 45 do mesmo com vocês:
Sobrevida
Senti a morte perto de mim.
Nesta noite, ela rondou, pegou de
raspão na minha orelha, deixou uma
marca no braço. Ela se foi, mas vai
voltar em outro momento.
Pela janela, o sol foi aquecendo
os meus pés na cama. Olhei para
o céu sem nuvens, escutei os
passarinhos e as vozes queridas
preparando o café da manhã.
Ganhei mais um dia...
Maria Mercedes Bendati
Importante como as coisas acontecem na hora certa pra gente. Mana, muito obrigada por este toque de delicadeza na minha alma. Obrigada pelo arrepio e orgulho que sinto de ti. Por ver com tanta clareza o que é realmente importante na minha vida. Te amo, minha irmã...
Beijos... as malas me esperam...
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Que seja...
Insights, me pego pensando em momentos. E não digo nada. Apenas penso e guardo em mim.
Cenas perfeitas. Ações, textos, expressões. Poéticos, delicados. Esteticamente perfeitas.
E troca-se de assunto. Vontade de escrever, eu penso. Tento achar o ponto de partida. Nada. Tantas coisas emboladas dentro de mim e nada que escorregue coerentemente pelo teclado e seja sedutor para ler...
O que eu quero dizer ?
Eu não quero dizer nada.
Apenas quero que seja.
As coisas simplesmente são e tem que acontecer.
Que coisas?
Todas.
As minhas e as tuas. As nossas.
Então eu me pergunto: pra que falar?
Pra nada. Ou pra tudo. Pra ver se de repente a coisa toda destrava.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Ah...
Por um gesto, um olhar, uma idéia suspensa no ar...
To em transe, à flor da pele...
Não me pergunte, não me questione, não me faça pousar os pés no chão.
Quero seguir levitando, percorrendo as minhas nuvens.
É bom quando te viram do avesso.
Revirar-se, remexer-se.
E sentir apenas.
Sem racionalizar.
Ser.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Um ator me alegra no Em Cena
Quando escolhi as peças para assistir neste festival (e ainda me restam três) tive diversos critérios para eleger um investimento de 130 reais, disposta que estava a me alimentar de arte, referências, exemplos bons e ruins, e por aí afora.
Mas hoje fui abraçada com carinho. Por um cara que respeito demais. Em cena e fora dela. De quem já fui anjo da guarda e que trouxe ao festival um espetáculo com o título mais "irônicamente inteligente" entre todos.
Em cena, um desprendimento e domínio que encantam. Um homem de teatro. Tanta coisa nas entrelinhas, tantas verdades explícitas, tanta verdade no ar. Inteiro. Carinhoso. Gentil e certeiro. Sincero e generoso.
Não tenho muito mais a falar agora, pois me engasgou. Só hoje vi três espetáculos, mas a imagem e voz do Petrin ficaram na minha retina, nos ouvidos, no coração...
Com o tempo, se rolar este impulso falo de outros momentos do Festival, além dos que já escrevi aqui.
Mas nesta noite, fico com os ecos desta atuação brilhante e sutil, intensa e delicada deste ator admirável e com o aconchego do abraço amigo de olhos azuis no camarim.
Saí do teatro como desejo que as pessoas saiam. Tocadas e refletindo. Digerindo, saboreando o momento vivido. Acrescida de um algo inexplicavel verbalmente. Quando se sente, a gente cala.
Muito obrigada por este momento Petrin, tu sim és um anjo, e me sinto abençoada de ter compartilhado mais este momento contigo.
Te aplaudo de pé. E oro por ti. Tu és mesmo iluminado.
Que Dionisos te proteja. Sempre.
domingo, 13 de setembro de 2009
Orgulho, saudade e teatro
Pois bem. Sexta-feira foi um dia delicado. Um dia vazio. Faltava algo. Era dia 11 e - como já falei aqui - apesar da referência direta ao raio das torres gêmeas (sim, também peguei nojo do acontecido) seria um dia de festejar. Seria o aniversário do meu pai. Teríamos, eu e minha irmã comemorado mais um ano vencido, pois ultimamente nos focávamos em metas curtas, ano a ano. Pensavamos, já há algum tempo, em fazer uma comemoração junto aos jornalistas, para incentivar o pai, e lembra-lo do quanto ele era querido, respeitado, e quantos o consideravam um mestre.
Mas o nosso porteño cansou e quis comemorar de outro jeito, junto amigos queridos que já se foram e certamente, junto à minha mãe. Paciência, ele sempre foi um trangressor mesmo...
No entanto, desde sua partida, homenagens não cessam e neste sábado, dia 12, foi a vez do Luiz Adolfo Lino de Souza, editor de arte dos jornais do grupo RBS e ex-aluno do meu pai, escrever sobre o Bendati no Caderno de Cultura da Zero Hora, numa matéria intitulada "Um poeta do espaço gráfico".
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2650373.xml&template=3898.dwt&edition=13108§ion=1029
Paralelo a isso, segue o PoA Em Cena, e ontem assisti ao espetáculo Neva, do Grupo Teatro en El Blanco, do Chile. Muito Bom. Ainda que pese questões como ritmo em certos momentos, e ainda que eu acredite que nem todos acompanham o espanhol como eu o faço, tive até o momento gratas surpresas de espetáculos onde o trabalho dos atores, acima de tudo, é louvável. Neva tem, inclusive, uma concepção interessante. A luz - diferenciada - manipulada pelos próprios atores, o espaço de atuação mínimo, enfim. Gostei. Muito. Ouvi questionamentos de amigos que também assistiram quanto ao espetáculo ser direcionado apenas à classe teatral. E fico aqui me perguntando se não seria este - um festival de teatro - o melhor espaço para se apresentar tais espetáculos. Eu ri muito e me emocionei também. Me identifiquei. E também sou platéia. Me pergunto até onde o tema deve ser criticado e até onde cada história posta em cena que retrate esta ou aquela profissão pode ser taxada de elitista ou algo assim. Uns se identificarão mais, outros menos, sempre. Mas se houver verdade no palco, eu não preciso ser cientista nuclear para acompanhar um interrogatório do criador da bomba atômica e me emocionar com seus argumentos*.
Enfim, fico aqui refletindo e de peito aberto para o que virá.
A benção, meu pai.
* Referência ao espetáculo O Caso Oppenheimer de 1985, montagem portoalegrense em parceria com o Instituto Goethe que tinha como protagonista o já falecido ator Pereira Dias.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Je vous remercie de la douleur *
Apesar da falta de noção e de educação da platéia com surtos de tosse descabidos, "agradeço pela dor" do ótimo "La Douleur".
É a minha dica.
A benção, Dominique Blanc.
domingo, 6 de setembro de 2009
Eu aplaudo no final!
Mais do que isso, me senti realizada.
Pois é por esse motivo que cometo a insanidade de insistir nessa profissão tão árdua, instável e tão pouco reconhecida.
Até a noite e MERDA PRA NÓS!
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Falem mal, mas falem nós!
Pois bem, e por que seria esta uma temporada tão especial?
Para mim, em meio a uma época bem turbulenta na minha vida, digo que esta montagem foi minha válvula de escape, meu desafio pessoal de mergulhar numa linguagem e personagem que exigiu um bocado. Por que? Porque ela já nasceu (dramaturgicamente falando) rica. Qualquer um que leia o texto vai achar a Frosina engraçada. Ai mulher, e isso é ruim? Não. Graças a Deus é ótimo. Mas te põe numa obrigação. Poxa, se a personagem é boa, eu tenho que fazer dali pra mais. Pelo menos é desse jeito que eu me cobro as coisas.
Isso do meu ponto de vista, ou melhor, da minha personagem. Mas fora isso, tem a linguagem escolhida. O trabalho musical e corporal. Afinal, a escolha era encher o palco com os atores favorecidos com ótimos figurinos e deu. Beijo me liga. A encenação em cima do trabalho do ator. O desafio de colocar um elenco de várias formações musicais (alguns com nenhuma) fazendo um coro pelo menos competente.
E a meu ver conseguimos.
Isto já antes de iniciar o espetáculo. Entre o segundo e o terceiro sinal, quando cantamos fora de cena a nossa música de - vou chamar como eu sinto - "união", desde o primeiro dia me arrepiei. Parabéns elenco. Já cantei em diversos grupos de canto coral, e o resultado que conseguimos, sendo que não somos cantores, é bárbaro.
Mas isso tudo acontece por um motivo. Energia canalizada. Vontade. Crença.
Desde o primeiro dia (mesmo) o nosso Avarento mexeu com as entranhas de muita gente. Uns que adoraram, outros se incomodaram, outros não gostaram mesmo. Que bom! Há vida inteligente na platéia e toda a unanimidade é burra, não é o que dizem?
E que sigam falando. Que botem o verbo para fora. Que todos nós sigamos dizendo a que viemos e porque viemos.
Que se discuta, que se questione, se elogie e critique.
Porque aí sim, estaremos cumprindo nossa função e formando platéias atentas e dispostas a interagir com a nossa arte transformadora.
Aos Avarentos colegas de cena, merda pra nós!
Aos visitantes que por aqui passaram os olhos e quiserem se inteirar do assunto, deixo abaixo os links para acompanharem o que se falou sobre esta montagem que encerra neste final de semana sua temporada no Teatro de Câmara Tulio Piva. Sexta e sábado às 21h e domingo às 20h.
Antônio Hohlfeldt- Crítica - Jornal do Comércio 04/09/09
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Sétimo dia...
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Meus olhos verdes choram...
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Besos, viejo Bendati!
Aqueles olhos azuis eram envoltos em tango. Ele respirava tango, tinha zilhares de cd's, discos de vinil, fitas K7 e noventa e nove por cento eram tangos. O um por cento restante certamente eram presente de alguém, que diga-se de passagem, se equivocou apesar de bem intencionado.
Anibal Carlos Bendati. Nascido em 11 de setembro, data lembrada com grande alegria até as torres gêmeas puxarem o foco. O Bendati puteou um pouco o ocorrido, com aquele palavreado castelhano de "baixo calão" que lhe era tão peculiar.
E é assim que lembro dele, e quero seguir lembrando sempre. Essa doçura e explosão constantes. Sem fazer da vida um mar de rosas. Porque também brigávamos, discutíamos, divergíamos, graças a deus. Mas foi ele, assim como minha mãe, que sempre apoiou a mim e minha irmã, nas loucuras e sanidades que resolvemos enfrentar.
Ninguém melhor do que o "véio Benda" repetia melhor o jargão que tão bem cabe aos artistas que ganham pouco e trabalham muito. Ele respondia à pergunta a quem perguntasse como ele estava, que estava "jodido pero contento" (deixem de ser preguiçosos, procurem um dicionário).
Pois bem, esse cara, jornalista, desenhista, professor, fez história nas artes gráficas no Rio Grande do Sul e no Brasil. Fez teatro também, na argentina, e talvez isto explique muita coisa. Não sei porque não foi cantor, pois tinha um vozeirão, visto que quando esbravejava com o computador, a vizinhança toda ficava sabendo.
Uma história rica e que fomos pintando em cores. De muito amor. De uma família amorosa e liberal. Que viveu os horrores da ditadura, e tantos outros acontecimentos bons e ruins com uma lei fundamental: amor. E respeito. Como já disse, com muito bate boca e divergência. Porque senão seria uma chatisse mesmo. Com uma inspiraçãozinha italiana, apesar do sobrenome Bendati com um "t" só remeter a italiano fajuto, o pai era neto de italianos sim.
E foi neste sábado, dia 15 de agosto de 2009 que meu pai, el gran Anibal Carlos Bendati partiu para outro plano.
Com um suspiro, como disse minha irmã.
E com um suspiro ficamos por aqui, rindo das ranzinzisses que se suavizam com a saudade, e com lágrimas contemplativas na lembrança dos mais belos olhos azuis que eu tive o prazer de conviver.
Fica em paz meu pai. A benção e todo o nosso carinho pra ti. Te amamos.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Estréia "O AVARENTO"
FICHA TÉCNICA
Texto:
Molière
Elenco:
Elison Couto
Marcos Chaves
Daiane Oliveira
Lucas Krug
Ariane Guerra
Lúcia Bendati
Zé Mário Storino
João Pedro Madureira
Trilha Sonora e Preparação Vocal:
Marcos Chaves
Mixagem:
Leonardo Vergara
Figurinos:
Daniel Lion
Maquiagem e Cabelos:
Elison Couto
Cenário:
Gilberto Fonseca e Lucas Krug
Iluminação:
Gilberto Fonseca
Projeto Gráfico:
Adriana SanMartin
Fotografia:
Luciana Mena Barreto
Divulgação:
Sandra Alencar
Produção:
Inês Hübner
Assistência de Direção:
Marcos Chaves
Direção:
Gilberto Fonseca
Experimente não conferir...
sábado, 11 de julho de 2009
Abençoa o nosso ofício...
Ô seu moço aí de cima...
Eu tava quietinha sem escrever há um tempo... tava na minha, sem manifestar opiniões pra evitar mal entendidos.
Mas também não dá pra ficar calada sempre.
Tive que vir aqui, bater pé, e dizer umas coisinhas.
E não adianta querer que eu aceite e engula quietinha as coisas e me conforme, coisa e tal.
Porque quando um troço não faz sentido, não parece justo, a gente se revolta, se debate, fica indignado.
E se pergunta novamente e sempre os porquês.
Então hoje, seu moço todo-poderoso, vá me desculpar, mas eu fiquei de cara, tá?
E com o senhor to de mal por enquanto.
E pra ti, querida Adriana Marques, quero deixar aqui registrado o meu beijo enorme e carinho sempre. Minha admiração e respeito pela tua trajetória e lembranças emocionadas de momentos de muita alegria, criatividade e generosidade juntas.
Vai lá guerreira, canta pros anjos saírem dessa pasmaceira, bota fogo neste céu, faz o povo se contagiar da tua risada e energia.
Tá, confesso que não gostei dessa tua saída à francesa, tu podia ter ficado mais por aqui... Mas não vou brigar contigo, não agora. Outra hora talvez te dê uns puxões de orelha.
No mais, saudade.
Brilha aí mulher. Tu és uma estrela. Aplausos pra ti. Valeu!
segunda-feira, 6 de abril de 2009
E então...
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Procurando bem...
Não tem?
Mesmo mesmo?
Tem sim, dona moça, ninguém é perfeito não...
Apesar da ponta de pé linda da senhorita, do alto de suas sapatilhas de pontas, quantos esparadrapos foram usados para se proteger, né?
Muito muito.
Sempre sempre.
Cada um se protege do seu jeito. Como pode. Como consegue.
Porque é preciso. Senão passa o trator e... ploft!
Então, força na peruca e respire fundo para erguer a cabeça.
E enfrentar as batalhas, firme e forte e de peito aberto.
Mas atenção: peito aberto, sim, mas só até a página dois.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Audaz.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Um clic.
Beijo.
Te ligo sim.
Clic.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Olha eu aqui!
Por incrível que pareça, só agora no feriado de Carnaval pude dar uma parada e organizar algumas coisas. Dentro e fora de mim. Coisas substanciais e outras nem tanto.
Reclamação? Não baby, não!
Sigo agradecendo a tudo, dos tombos aos vôos.
Época, apesar de atribulada, de grandes reflexões e poucos conclusões. Certezas? Sim, muitas! Desejos? Graças aos deuses, aos montes! Dúvidas? Ãrrãããã!!!!!
Período também de ponderações, de me colocar em questionamento.
A loira ri... Lembro-me que aos trinta eu ria de quem falava da crise dos trinta. Aos 31, 32 ela veio e eu calei minha boca.
Ano passado a mesma coisa... que crise dos 40 que nada! Hahaha... Toma na tua cara loira. Veio o novo ano e eu calei minha boca. Mas é uma coisa muito diferente e alentadora. Ela chega com uma certa sabedoria, não vejo uma maneira melhor de explicar. A gente percebe muitas coisas, quer dizer eu percebo em mim, não que isso seja uma regra ou padrão, mas estas coisas que às vezes nos desagradam não são tidas como falhas incuráveis. Lembro que aos 20 se eu errasse algo, ou me considerasse equivocada em algo, eu sofria até dizer chega e achava que aquilo ficaria como uma mancha na minha vida. Hoje não. Isto no que se refere a equívocos. Por que graças a muita coisa não é só disso que a gente vive. Mas é o exemplo mais fácil de se compreender.
Porque muita coisa que se passa na minha cabeça agora não tem a ver com isso e sim com mudanças de ponto de vista e isso me agrada.
Flexibilidade, calma e entrega. É nisso que estou me focando agora.
Nestes quase dois meses sem postar, muitas coisas me vieramà cabeça mas não senti vontade de colocar aqui. Uma porque poderiam ser mal entendidas, como muitas coisas que eu falo são. E outra porque sabe-se lá quem aterrisa por aqui e enfim, me incomodava o fato de poder ser lida por quem eu não gostaria que lesse ou por quem eu não tenho intimidade para me expor.
É doido demais. Ainda vou escrever mais sobre isso, sobre por a cara a tapa, como falava com um amigo. É um risco maluco, que ou se leva na boa ou sei lá muito bem o que pensar.
Outra coisa que me incomoda e nem elaborei muito a questão são as mudanças ortográficas. Resolvi me revoltar até onde for possível. Não concebo escrever idéia sem acento e muito menos tenho saco para entender essa salada de novas regras para hífens, cheias de exceção! Ai sei lá, tem coisas que ok, fazem até sentido, mas tem outras cuja explicação, pelo que entendi, é de facilitar o aprendizado, que - vamo combiná! - parece mesmo preguiça de ensinar ou pior render-se à preguiça nacional. E olha que eu cometo erros crassos. Não sei regras e nem sei explicá-las. Mas tem uma lógica interna que aprendi na escola que faz sentido. Ai enfim, é assunto mega polêmico (que eu nunca sei se tem hífen) e dá pano pra uma coleção de mangas, mas só queria declarar minha revolta.
(jogada de cabelo da loira pro lado)
Enfim, não prometo nada por que a vida tá louca, mas tentarei postar com mais freqüência (com trema e circunflexo!!!). Na real tenho me concentrado mais em comentar posts de outros blogs, mas enfim, sempre é bom soltar o verbo por aqui.
Bem, é bom até a página dois, pois às vezes solto verbos demais...
beijos divanísticos a todos e todas!